Delegado Palumbo. FOTO: ARQUIVO PESSOAL
A dificuldade é que os inimigos são diferentes. Na carreira policial o sistema é mais transparente. O bandido quer matar o policial e o policial quer prendê-lo. Eles não se sentam à mesma mesa e se mantêm distantes um do outro. Na política é diferente. Não se sabe quem é quem. Muitos te abraçam, fingem ser amigos, te chamam para jantar e em seguida planejam seu mal.
Minha rotina no combate à corrupção é fiscalizar serviços públicos municipais e ir atrás de contratos firmados entre a Prefeitura e empresas. Por exemplo, cito o caso de um contrato de R$ 32 milhões, sem licitação, durante a pandemia, onde ninguém explica (Prefeitura e Secretaria da Saúde) o valor de cada consulta. Fiz a denúncia no Tribunal de Contas do Município (TCM) e Ministério Público e, pelos nossos cálculos, cada consulta sai por mais de R$ 1 mil, ou seja, desproporcional, absurdo e, talvez, criminoso.
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